O governo brasileiro oficializou, na noite de hoje, a intenção de compra de 138 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Janssen, para o combate à pandemia da covid-19. O documento publicado no Diário Oficial da União prevê a dispensa de licitação na compra, ou seja, ela será feita diretamente com as empresas. De acordo com o documento, o governo de Jair Bolsonaro planeja adquirir 100 milhões de doses da Pfizer e outras 38 milhões de doses da Janssen. As entregas das doses devem ocorrer até dezembro de 2021.
O governo federal chegou hoje a um acordo para a aquisição dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e também da Janssen contra a covid-19. O acordo para compra das doses foi fechado hoje em reunião do ministro Eduardo Pazuello com o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco.
O imunizante da Pfizer é o único a ter registro para uso definitivo no Brasil autorizado pela Anvisa (Agência Nacional e Vigilância Sanitária), mas o governo não havia adquirido até então porque discordava de cláusula que isenta a farmacêutica de responsabilidade em caso de efeitos adversos.
Segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, um projeto aprovado pela Câmara dos Deputados —que facilita a aquisição de vacinas ao autorizar União, Estados e municípios a assumir a responsabilidade civil por eventuais eventos adversos decorrentes da imunização durante a emergência em saúde pública— facilitou as negociações com as duas empresas.
“Graças à aprovação pelo Congresso Nacional e à articulação do governo federal, será possível agora incorporar novas vacinas que antes possuíam impeditivos legais”, disse o general em vídeo divulgado pelo Ministério da Saúde. “Estamos trabalhando forte para que, até o final deste ano, os maiores de 18 anos que puderem ser vacinados sejam vacinados.”.
A vacina da Pfizer tem eficácia global de 95% e sua segurança foi atestada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Entrega de Vacinas
Pazuello garantiu a estabilidade na entrega de vacinas contra a Covid-19 com a previsão da chegada de mais imunizantes até o fim do mês. Em reunião com membros da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) nesta quarta-feira (03/03), Pazuello destacou que as próximas remessas ampliarão ainda mais a imunização em todo o País
“A partir desta semana, já há uma estabilização da produção nacional, pelo Butantan e pela Fiocruz. Vamos ter entregas em quantidades muito boas. É o tempo de vacinar e chegar mais vacinas. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) está garantido”, disse.
Para março, segundo a pasta, estão previstas as entregas de cerca de 4 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, além de mais doses do Instituto Butantan.
Recorde atrás de recorde
O Brasil registrou 1.840 novos óbitos causados pela doença nas últimas 24 horas. É considerado o dia mais letal desde o início da pandemia, ocorrido em março do ano passado. Já a média móvel foi a 1.332 vítimas nos últimos sete dias, sendo o quinto dia seguido de uma nova marca.
Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nas informações transmitidas pelas secretarias estaduais de saúde.
Desde o início da pandemia, 259.402 pessoas morreram no Brasil em decorrência da covid-19. Dos 5 dias com maior número de óbitos, 3 foram nos últimos sete dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):
3 de março – 1.840 2 de março – 1.726 25 de fevereiro – 1.582 29 de julho – 1.554 4 de junho – 1.470.
Até agora, 7.351.265 pessoas receberam pelo menos uma dose de vacina no Brasil. O número equivale a 3,47% da população nacional.
De ontem para hoje, a primeira dose de vacina foi aplicada em 245.118 pessoas. Já 136.868 brasileiros receberam a segunda dose de imunizante nas últimas 24 horas.
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